O MUNDO OBSCURO DO FUTEBOL BRASILEIRO-QUARTA PARTE- MAIS UMA VÍTIMA DO ESQUEMA DE PROFISSIONALIZAÇÃO NO FUTEBOL SERGIPANO COM ENVOLVIMENTO DE EDILSON SANTOS

Dessa vez foi Antônio Vitor Cabral de Oliveira.

No ano de 2019, com 18 (dezoito) anos de idade, esse jovem saiu da Cidade de São Paulo com destino a Sergipe atraído por intermediários com a promessa de profissionalizá-lo em clube Sergipano.

Toda essa história triste e desagradável, teve início quando seu pai, Francisco Erinaldo de Oliveira, foi procurado pelo Senhor Marcelo Bezerra que falou que, em Sergipe, a pessoa do Edílson Santos prestaria toda assistência para esta finalidade.

Antes da partida de seu filho, o senhor Erinaldo relata que teve um encontro com um Senhor de nome Márcio Luíz – conhecido como Noca – que se dizia irmão do ex-jogador Vampeta e com o Marcelo Silva, e ficou acertado que estes iriam prestar assessoria esportiva para seu filho e, para isso, cobraram a quantia de R$ 1.500.00 (hum mil e quinhentos reais), que foi depositado na conta do Márcio Luiz.

Relata também, o senhor Erinaldo que pegaram a carteira profissional do garoto e combinaram de recepcioná-lo em Sergipe. Acontece, que ao chegar no aeroporto de Aracaju, seu filho foi recepcionado por Edílson Santos e não pelos acima citados como haviam combinados. Todavia, que ele não se preocupasse porque o mesmo era de confiança. Então, Edílson Santos, pegou seu filho no aeroporto de Aracaju e o levou para uma pousada com as despesas de estadia, alimentação e viagens de Uber sendo por conta de seu pai. A Senhora Maria Agnalda de Oliveira, mãe do garoto, falou que se dependesse dessas pessoas seu filho teria passado fome.

A partir daí, Edílson Santos passou a dialogar com o pai do garoto prometendo que iria profissionalizá-lo e que o levaria para a equipe do Maruinense. Depois de um certo tempo, Edílson Santos falou para o pai do garoto que não deu certo na equipe do Maruinense. Porém, iria levar o garoto para a equipe do Socorro Sport Club, pois, o Presidente era seu amigo e lá seria mais fácil de profissionalizá-lo.

Então, o senhor Edílson Santos, alojou o garoto na casa do Senhor Carlos e o apresentou no Socorro Sport Club, onde o mesmo fez apenas 02 (dois) treinos e, verificando que Edílson Santos o havia largado nesse clube, pois não aparecia, desistiu de treinar.

Num determinado dia, quando estava em um jogo pela equipe de seu Carlos, encontrou Edílson Santos e o questionou sobre sua carteira profissional e o dinheiro. A resposta foi que o garoto não se preocupasse que ele iria devolver tudo. Porém, até o presente momento, não o fez.

Os pais do garoto relata também que, para essas pessoas acima citadas (Marcelo Bezerra, Marcelo Silva, Márcio Luiz e Edílson Santos), chegou a repassar a quantia aproximada de R$ 8.000.00 (oito mil reais) sendo que a Edílson Santos foi o valor exato de R$ 1.400.00 (hum mil e quatrocentos reais).

A senhora Maria Agnalda de Oliveira, mãe de Victor, mandou o seguinte recado para que outros pais que tem filhos e estes também tem sonho de se tornar um jogador de futebol profissional: “Fiquem atentos, façam pesquisas, se alertem para não cair nesse golpe, tomem muito cuidado com esses tipos de vigaristas porque esses caras são mesmo vigaristas sem vergonha que brincam com sonhos de garotos que tentam seguir a carreira de atleta de futebol. Ela ainda acrescenta que seu filho já passou fome, dormiu em lugares que só Deus para ter misericórdia. Enfim, é preciso investigar e, mesmo a gente investigando, a gente ainda cai. Olha o que nós já passamos com esses caras aí, não é fácil não. O tanto de dinheiro que a gente já investiu até hoje. Só apareceu um que dá para a gente confiar, agora, os outros nenhum. Eles tem que ir pra cadeia, pagar por tudo que eles fizeram com esses garotos.’’ Segundo a genitora, essa situação deixou seu filho traumatizado ao ponto de querer desistir de seu sonho. Pois, onde ele vai é mentira por todo lado.

Segundo o Senhor Francisco, pai do garoto, antes da semana Santa, Edílson Santos o teria ligado dizendo que iria devolver o dinheiro. Chegou até pedir o número da conta, porém, até o presente momento, não o fez e não retornou mais nenhuma ligação. Acrescentou ainda que esses caras pensam que é só devolver o dinheiro e está tudo certo. Porém esquecem que suas atitudes mexem com o psicológico dos garotos.

Diante dessa denúncia grave relatada por essa família, só me resta como Cidadão e como Policial Militar torná-la pública e enviar ao Tribunal de Justiça Desportiva de Sergipe (TJD/SE) e a Polícia Civil para que adotem as providências necessárias para punição dos culpados. Pois, no caso do Senhor Edílson Santos, o mesmo vem utilizando dessas práticas desde o ano de 2017.

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