O MUNDO OBSCURO DO FUTEBOL BRASILEIRO–NONA PARTE-EQUIPE DO JACIOBÁ-AL USADA PARA ENGANAR JOVENS QUE SONHAM EM SER JOGADOR DE FUTEBOL PROFISSIONAL

Áudio de Mário Augusto afirmando que repassou dinheiro para o treinador Edílson Santos

Vídeo de Felipe da Silva Lima afirmando que pagou para Mário Augusto R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para jogar no Jaciobá Atlético Clube – clube da cidade de Pão de Açúcar-AL.

Por: Coronel Pontual

Atualizado dia 25 de junho de 2020 às 18h10

Dando sequência a nossa série de matérias envolvendo “o mundo obscuro do futebol brasileiro’’ vamos abordar mais um escândalo envolvendo a equipe do Jaciobá Atlético Clube – clube da cidade de Pão de Açúcar-AL – que pertence a quarta divisão do futebol brasileiro.

Depois da chegada do treinador Edílson Santos para comandar o Jaciobá Atlético Clube no Campeonato Alagoano de 2020, o clube passou a ser citado de forma negativa no cenário futebolístico pelos escândalos de pagamento para que os jovens fizessem parte da equipe.

Dessa vez o escândalo envolveu o jovem Felipe da Silva Lima, da cidade de Castanhal- cidade pertencente ao estado do Pará -.

O sonho do jovem Felipe da Silva Lima de se tornar um jogador de futebol profissional tornou-se um pesadelo quando chegou no Jaciobá Atlético Clube a convite do senhor Mário Augusto.

Em novembro de 2019, antes de chegar no Jaciobá Atlético Clube o jovem Felipe da Silva Lima chegou em Sergipe e participou de uma avaliação na Associação Olímpica de Itabaiana – clube da cidade de Itabaiana-SE – e não foi aprovado. Depois de ter sido reprovado na avaliação, o jovem foi apresentado para o senhor Mário Augusto – na época treinador da Categoria Sub-17 do Socorro Sport Clube da cidade de Nossa Senhora do Socorro-SE – através do senhor Alex – empresário do jovem Felipe da Silva Lima.

O jovem Felipe da Silva Lima participou de dois treinamentos com a Categoria Sub-17 do Socorro Sport Clube e foi aprovado pelo treinador Mário Augusto que, aproveitando o momento, convidou o jovem para jogar no Jaciobá Atlético Clube com a promessa de ter um contrato profissional por 04 (quatro) meses, hospedagem, alimentação e o salário seria acertado com os dirigentes do clube.

Depois de ter prometido para o jovem Felipe da Silva Lima tudo que foi citado, o senhor Mário Augusto cobrou R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) com o pretexto de pagamento de taxas e do vínculo profissional para o Jaciobá Atlético Clube. O convite foi aceito e, para efetuar o pagamento, o jovem contou com a ajuda de familiares e amigos. O pai vendeu um objeto pessoal, o irmão fez um empréstimo e alguns amigos também o ajudaram.

Quando o jovem Felipe da Silva Lima chegou na cidade de Pão de Açúcar-AL foi apresentado por Edílson Santos – treinador do Jaciobá Atlético Clube – como jogador do clube para o senhor Miguel – conhecido como Paulista – proprietário da Pousada Pequeno Príncipe.

Durante 10 (dez) dias, o jovem Felipe da Silva Lima participou de treinamentos e de um jogo amistoso. Na partida amistosa, o jovem ficou no banco de reservas e não entrou em campo. Infelizmente, mesmo depois de ter recebido algumas recomendações feitas pelo senhor Mário Augusto, o jovem não percebeu que estava sendo enganado. Segundo Felipe da Silva Lima, o senhor Mário Augusto o orientou para que não tirasse foto com a camisa do Jaciobá Atlético Clube nos treinamentos, em jogos e não falasse pra ninguém que pagou R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para jogar no Jaciobá Atlético Clube.

O senhor Miguel – conhecido como Paulista -, proprietário da Pousada Pequeno Príncipe na cidade de Pão de Açúcar-AL, alertou o jovem Felipe da Silva Lima que o mesmo foi enganado e o seu nome não estava na relação de atletas do Jaciobá Atlético Clube. Sem ter o nome na relação de atletas do clube, o jovem não poderia estar hospedado na Pousada com as despesas pagas pelo clube. Além das duas notícias decepcionantes, o jovem foi informado que teria que pagar R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) referente ao período em que esteve hospedado na Pousada Pequeno Príncipe.

Comovido com a situação do jovem Felipe da Silva Lima, o senhor Miguel – conhecido como Paulista –, proprietário da Pousada Pequeno Príncipe, cobrou ao senhor Edílson Santos – treinador do Jaciobá Atlético Clube – o débito de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais). O senhor Edílson Santos disse que iria pagar o débito porque não queria ter problemas com o seu nome e, através do cartão de crédito, efetuou o pagamento da hospedagem do jovem.

O senhor Alex – empresário do jovem Felipe da Silva Lima – entrou em contato com Mário Augusto e solicitou explicações referentes a situação enganosa e constrangedora que ocorreu com o jovem. Mário Augusto disse que o dinheiro foi repassado para Edílson Santos e o mesmo não cumpriu nada do que foi combinado e o sacaneou. O senhor Mário Augusto foi o responsável pela ida do jovem para o Jaciobá Atlético Clube e disse que iria devolver o dinheiro para que o caso não viesse a público.

Em dezembro de 2019, o senhor Mário Augusto devolveu para o jovem Felipe da Silva Lima R$ 800,00 (oitocentos reais) e se comprometeu em devolver o restante. Depois de ter feito o primeiro pagamento e prometido fazer os próximos pagamentos, o senhor Mário Augusto sumiu e não foi encontrado nem por telefone e nem na residência. A situação teve uma enorme repercussão negativa no meio futebolístico e, sabendo que a situação ia se agravar, o senhor Mário Augusto procurou o senhor Alex e devolveu para o jovem R$ 500,00 (quinhentos reais). Depois de ter feito duas devoluções, o senhor Mário Augusto comprometeu-se em pagar o restante do valor – no caso R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais) – até o final de abril de 2020, mas, até a presente data, o restante do valor não foi pago e o jovem continua no prejuízo.

O senhor Alex – empresário do jovem Felipe da Silva Lima – ligou para o senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – e explicou a situação. O senhor Lucilo Brandão disse que o Jaciobá Atlético Clube não tinha nada a ver com essa situação. Infelizmente, o senhor Lucilo Brandão não tomou as providências necessárias. A situação deveria ter sido levada para apuração por parte do Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas na esfera esportiva e para a Polícia Civil na esfera criminal. Aparentemente, a situação se enquadra em crime de estelionato e lamentamos a omissão do senhor Lucilo Brandão.

A provável omissão do senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – deve ter sido para não tornar público o seu descumprimento da decisão judicial referente ao Processo de Número 0700278-18.2019.8.02.0048. Esse Processo é uma ação anulatória do ato jurídico proposto pelos conselheiros da gestão anterior do Jaciobá Atlético Clube que suspendeu a eleição realizada dia 06 de abril de 2019 que tinha como presidente o senhor Mateus Oliveira Gonzaga, como vice-presidente o senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi –, membros da diretoria e do conselho deliberativo.

O descumprimento da decisão judicial citada pode ser punida com uma multa de R$ 1.000,00 (hum mil reais) com limite máximo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e que fosse dado ciência aos réus, a Federação Alagoana de Futebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Essa decisão judicial foi assinada pelo Excelentíssimo Juiz Doutor Edvaldo Landeosi, da Comarca de Pão de Açúcar, datada de 14 de novembro de 2019.

A atuação do senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – nas atividades do Jaciobá Atlético Clube tem comprovação no dia 08 de dezembro de 2019 na apresentação da equipe. Nessa data, o mesmo se fez presente, fez uso da palavra e tirou fotos.

Chegamos a comprovação porque foi publicada uma foto no facebook do Jaciobá Atlético Clube; no dia 04 de janeiro de 2020, o senhor / jornalista Roberto Gonçalves publicou uma matéria no Site Cada Minuto mencionando que o senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – era Supervisor do Jaciobá Atlético Clube; no dia 18 de março de 2020, a Gazeta de Alagoas publicou uma matéria mencionando que o senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – estava representando o Jaciobá Atlético Clube como dirigente na reunião ocorrida na Federação Alagoana de Futebol para decidir a paralisação do Campeonato Alagoano por causa da pandemia da COVID-19. Também podemos constatar a atuação do senhor Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi – em áudios e em entrevistas à imprensa sobre o caso dos jovens Felipe da Silva Lima e do boliviano Tito Lizandro.

Essa apuração na parte esportiva e criminal é necessária porque é uma denúncia gravíssima e envolve o nome do Jaciobá Atlético Clube – clube da cidade de Pão de Açúcar-AL – , Mário Augusto, Edílson Santos – treinador do Jaciobá Atlético Clube em 2020 – e Lucilo Brandão – conhecido como Xiribi.

O jovem Felipe da Silva Lima é mais um que teve o sonho de ser um jogador de futebol profissional frustrado e o dinheiro subtraído de forma enganosa.

Na próxima parte – no caso a décima – vamos abordar o seguinte tema: TREINADOR EDÍLSON SANTOS PEGOU O VALOR DE R$ 16.324,60 (DEZESSEIS MIL, TREZENTOS E VINTE E QUATRO REAIS E SESSENTA CENTAVOS) DO BOLIVIANO TITO LIZANDRO NESSA SUA PASSAGEM PELA EQUIPE DO JACIOBÁ ATLÉTICO CLUBE – CLUBE DA CIDADE DE PÃO DE AÇÚCAR-AL -.

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